terça-feira, 25 de setembro de 2012

PEREGRINANDO (16) A BALANÇA, A INSATISFAÇÃO E A SUBESTIMAÇÃO DO VALOR


Quando eu tinha 16 anos, eu ficava só pensando que queria ter pessoas perto de mim para conversar, queria ter um hobby legal e atrativo, queria ter um emprego administrativo.

Eu ficava péssimo ao passar na rua por caras da minha idade que faziam estágios e usavam aqueles uniformes, enquanto eu ainda trabalhava de boy para uma instituição de caridade...
Ficava péssimo ao ver que vários jovens tocavam instrumentos musicais e imaginava que eles deveriam se sentir acima dos que não tocavam...
Ficava pior ainda quando via as rodinhas de amigos e eu sempre na minha, isolado...

O caso é, hoje, trabalho num escritório de contabilidade, toco sax, e já tenho proximidade suficiente com as pessoas para ter uma vida social agradável ao meu ver.

Mas o caso é, que só dou valor quando não tenho, pois, não me esforço no serviço tanto quanto deveria, as responsabilidades que adquiri com meu hobby do sax já estão ficando chatas e cansativas, e igualmente quando eu era criança, dá uma forte vontade de ficar num canto quando tenho a opção de ficar no meio de uma roda de amigos...

Isso é um tanto estranho, minha vida parece uma balança, no qual eu instintivamente faço com que esteja nivelado no ZERO, não podendo estar nem bom demais ou ruim demais.

Seria essa a auto sabotagem?

O que fico imaginando é: e quando surgir finalmente aquela pessoa especial na minha vida?

“Quando a mais bela flor finalmente desabrochar no solo em que tanto tempo arei, a deixarei secar por falta de cuidados quando eu me acostumar com sua formosura?”




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